O Prazer
A palavra prazer tem, para muitos, uma conotação pecaminosa, pois aprendemos desde cedo a relacioná-lo ao sexo e seus tabus.
Por que será que não somos educados para buscar o prazer da vida? Ao invés disso, o que mais ouvíamos era a necessidade de cumprir com obrigações e deveres.
Sem dúvida, nossos pais e educadores consideravam que estimular a procura do prazer, seria o mesmo que nos direccionar para uma vida de ócio e libidinagem.
A noção de prazer, obviamente, muda de acordo com a cultura de cada povo, mas existem prazeres simples que podem ser usufruídos por qualquer ser humano, seja qual for a sua origem.
Eles dependem, fundamentalmente, do olhar com que focamos a vida. Se mantivermos uma disposição interior de aproveitar cada momento e tudo o que ele nos oferecer, com entusiasmo e alegria, poderemos encontrar prazer nas situações mais banais de nosso quotidiano.
Uma boa comida, um bom vinho e a companhia de pessoas que amamos, é uma das mais preciosas dádivas que podemos obter da vida.
Mas ela não é a única, pois podemos também sentir prazer quando estamos em nossa própria companhia, deleitando-nos com um bom livro, uma música ou um filme que toque nosso coração.
São muitas as possibilidades de prazer que a vida nos oferece, a cada dia.
E, mesmo quando a realidade não se mostra tão fácil de ser encarada, devemos nos lembrar que, apesar dos problemas e das tristezas, ainda podemos nos manter receptivos aos prazeres que a existência quiser colocar à nossa disposição.
Se você é capaz de saborear e manifestar gratidão sempre que estiver experimentando um momento de prazer, certamente estará ampliando as chances de uma vida plena, onde o arrependimento e a culpa jamais encontrarão espaço para existir.
(autora: Elisabeth Cavalcante)